Desenvolvido pelo estúdio alemão Jo-Mei e publicado pela EA, Sea of Solitude conta a história de Kay e sua jornada por um mundo cheio de monstros e, ao mesmo tempo, extremamente solitário. A seu dispor você conta apenas com um barco simples para remar por um mar que esconde uma cidade submersa, com seus edifícios brilhando embaixo das águas e escondendo muitos mistérios. À medida que Kay descobre essa cidade escondida, ela vai desbloqueando memórias enquanto toma cuidado para não ser devorada (de forma literal e figurativamente) pelos seus próprios sentimentos que são representados por um terrível monstro marinho que persegue o jogador durante boa parte de sua jornada pelo game. Ao longo de sua jornada de auto-recuperação, Kay irá encontrar outros monstros que representam pessoas importantes de sua vida. Os monstros nada mais são do que expressões do tremendo trauma que Kay experimentou em sua vida. Com um gameplay simples, Sea of Solitude tenta criar uma atmosfera única com uma história que, apesar de parecer impactante, é vaga e rasa. Talvez grande parte da mensagem do jogo não seja transmitida da forma correta porque Kay nunca consegue obter de fato a sua redenção: no fim, você sempre pode fugir de uma memória dolorosa, subir no seu barco e continuar remando (assim como na realidade, de uma certa maneira). Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Se você curte uma boa história e muito mistério, Gnosia, desenvolvido pela Petit Depotto, é um jogo indie perfeito para você. O jogo é composto por 14 personagens que são tripulantes de uma nave espacial e que oferecem histórias intrigantes para que o jogador descubra pistas quando chegar o momento de eliminá-los. Analisando dessa forma até parece que o game é inspirado no sucesso indie Among Us, visto que você vai ter que mergulhar nas histórias para descobrir quais são os passageiros impostores que foram substituídos por uma entidade alienígena chamada Gnosia. Seu objetivo? O de sempre: destruir a humanidade. Ao contrário de Among Us, aqui não existe um elemento divertido para quebrar a tensão, apenas diálogos bem elaborados que podem criar situações complicadas a qualquer momento. Para vencer, você tem que deduzir quem entre vocês é um Gnosia e convencer seus companheiros humanos a votar neles para dormirem no frio. Porém, existem muitos obstáculos pelo caminho, como mentiras, manipulações e até mesmo um cenário terrível em que você é acusado injustamente de ser um impostor Gnosia! Vale lembrar que você precisará estar preparado para muitos diálogos e textos na tela, pois a história de Gnosia pode se estender até 23 horas ou mais de jogo. Apesar de tudo, Gnosia é uma experiência que vale a pena jogar para aproveitar sua narrativa. A história segue em direções inesperadas e as revelações que o jogador aprende ao longo do caminho são convincentes o suficiente para superar as frustrações. Mesmo que muitas vezes a vontade de desistir do jogo pareça maior, a história vai encontrar uma forma inteligente de prender sua atenção novamente. Disponível: Nintendo Switch Se tem algo impressionante em jogos indies é a capacidade que os desenvolvedores têm de arriscar novas ideias e construir uma obra em torno de uma ideia simples. Em Can’t Drive This, o pessoal da Pixel Maniacs criou um game com multiplayer cooperativo e competitivo simultaneamente, para até quatro jogadores. A ideia do jogo é colocar um jogador para dirigir um carro Monster (daqueles de competição, com rodas gigantes), enquanto outro jogador constrói a pista (com pedaços predefinidos, à la Tetris). Da parte de quem dirige, há uma velocidade mínima para que o veículo se desloque, sob o risco de explodir; enquanto que para quem constrói a pista é necessário ter pensamento rápido para trabalhar com as peças que são fornecidas pelo jogo. Can’t Drive This certamente é um daqueles jogos para juntar os amigos no sofá e armar a confusão. O jogo chegou a todas as plataformas do mercado no dia 19 de março. Disponível: PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series X|S, Switch e PC.
Summer Catchers
Certamente os games do gênero Endless Runner já não são tão populares entre os jogos indies como foram no passado. Mesmo assim, os desenvolvedores da FaceIT e do Noodlecake Studios apostaram nesse estilo para lançar Summer Catchers. Ao contrário de outros títulos semelhantes, o desafio aqui não é apenas correr e desviar de obstáculos, mas também saber manejar seus recursos para continuar seguindo. Com um visual charmoso em pixel art e uma história encantadora repleta de misteriosas criaturas, Summer Catchers coloca o jogador no controle de Chu, uma jovem corajosa que vive em uma terra congelada do norte, desesperada para experimentar um dia de verão. Ao se associar a um lenhador local, ela se torna capaz de construir e pilotar um veículo para tentar percorrer a maior distância possível nesse mundo cheio de neve e perigos. Você precisa saber como vai equipar seu carro para enfrentar diferentes obstáculos como totens, poços com espinhos de gelo e outros desafios mortais. Se seu veículo tomar danos demais ele vai se despedaçar e Chu será lançada contra a neve para tentar novamente quantas vezes forem necessárias. Dessa forma, você precisa voltar à loja, organizar seu inventário e tentar adivinhar qual será o novo padrão de perigos que irá enfrentar. Por mais imprevisível que o jogo possa ser, os seus mistérios motivam o jogador a prosseguir. Cada encontro com novas criaturas torna as corridas interessantes desafios que valem a pena serem superados. Como em qualquer Endless Runner você precisa estar preparado para repetir as corridas várias vezes, mas, quando se trata de poder ver uma terra ensolarada, talvez o sacrifício valha a pena. Disponível: Nintendo Switch, PC e Android. Tal qual seu antecessor, Beach Buggy Racing 2: Island Adventure é um jogo que sai das plataformas móveis (Android e iOS) e chega aos consoles de mesa. O game segue o estilo de corridas com trapaças de Mario Kart (gênero que hoje conta com títulos bem-sucedidos de mascotes dos anos 1990, como Team Sonic Racing e Crash Team Racing). Em Beach Buggy Racing 2: Island Adventure, desenvolvido pela Vector Unit, as músicas carregam um estilo de surf music, com bastante animação, e os cenários remetem a praias e ambientes gelados. A nova edição do jogo conta com novos itens para acertar os concorrentes e teve o visual consideravelmente melhorado, quando comparado com o primeiro game. Com multiplayer local para até quatro jogadores, Beach Buggy Racing 2: Island Adventure é uma boa opção para quem gosta do gênero e não dispõe de recursos para comprar os jogos mais famosos do gênero. Ou para quem quer apenas testar algo novo. Disponível: PlayStation 4, Xbox One, Xbox Series X|S, Nintendo Switch, PC, iOS e Android. Gun Skaters é mais um daqueles jogos indies que parte de uma ideia simples e que a aprofunda. Este game, que é desenvolvido pela Funny Syntax Software, é sobre esquiar e atirar. Ele é jogável por até quatro jogadores, e cada um deles se desloca pelo cenário (bidimensional e visto de cima) como se estivesse patinando. Em meio à dificuldade de controlar o personagem, cada jogador tem que tentar atirar nos demais. Gun Skaters conta com três modos de jogo: “último homem patinando”, no qual vence aquele que derrotar os outros jogadores por três rodadas; “ataque zumbi”, um modo cooperativo no qual os jogadores devem atirar nos zumbis que aparecem no cenário; e “futebol”, em um mapa que lembra campos de futebol de jogos eletrônicos da era 16 bits. Os divertidos modos são montados de forma a causar a maior confusão entre os jogadores. Os visuais em 16 bits e a trilha sonora, que casa bem ao estilo gráfico, são perfeitos para a diversão que o jogo proporciona. O melhor de tudo é que Gun Skaters é feito não só para multiplayer local, mas também para se jogar online. Disponível: Nintendo Switch e PC. Dandy Ace é um jogo do gênero roguelike desenvolvido pelo Mad Mimic, um estúdio brasileiro. No game, um mágico foi aprisionado em um espelho mágico, do ilusionista Lele. A cada partida, o jogador deve explorar o palácio de seu carcereiro, que o coloca para enfrentar combates dinâmicos e cheios de possibilidades diferentes. Conforme explora o mundo por trás do espelho, o jogador coleta cartas mágicas, que devem ser combinadas (são mais de mil combinações diferentes) para que novas habilidades sejam alcançadas. Como é característico do gênero, a cada morte o jogador tem a possibilidade de recombinar suas habilidades e tentar novamente, porém os desafios e o cenário mudam, pois são gerados aleatoriamente. Cada nova tentativa é diferente da anterior! Com perspectiva isométrica, o jogo lembra obras ao estilo Hades, grande sucesso de 2020. Os visuais são brilhantes e, ainda que não sejam complexos, não fazem feio. Dandy Ace chega para PC no dia 25 de março, com versões para consoles prometidas em data futura. Disponível: PC. Gostou destes jogos? Confira também os melhores jogos indie que trouxemos no mês de fevereiro!