Que tal conferir esse TRIO de notícias também em vídeo? Hoje, falaremos sobre a Bedrock, startup que está utilizando submarinos autônomos para descobrir bons locais para a instalação de usinas eólicas nos Estados Unidos, além de providenciar um mapeamento gratuito do fundo do mar. Também falaremos da companhia publicitária que quer comprar o seu rosto para criar um banco de dados para deepfake, o utilizando em diversos tipos de vídeo, desde marketing até vídeos educacionais. Para finalizar, vamos falar sobre o importante movimento #AppleToo, que reúne denúncias de assédio no ambiente de trabalho da Apple, cobrando um posicionamento da empresa ao levar o assunto a público.
Submarinos autônomos mapeiam o fundo do mar
Começaremos falando do novo mapeamento oceanográfico que promete ser o maior e mais detalhado de todos os tempos. Tudo começou com o governo dos Estados Unidos (EUA) em 2020, quando o atual presidente, Joe Biden, assinou uma ordem executiva que dirigiu as agências federais a “adquirir eletricidade livre de poluição de carbono”. A startup Bedrock propôs ao governo mapear no oceano locais ideais para a construção de parques eólicos. Para realizar o mapeamento, a empresa desenvolveu mini-submarinos autônomos para realizarem essa tarefa sem precisar de tripulações. Os submarinos são elétricos e usam um sonar mais leve e outros sensores, e enviam os dados coletados para o serviço baseado em nuvem da Bedrock, que pode ser usado imediatamente a partir de um computador.
Maior mapa oceanográfico de todos os tempos será gratuito
A Bedrock, ao fazer esse mapeamento para o governo americano, também pretende ampliar o mapeamento, não se militando apenas ao oceano na jurisdição estadunidense, mas também no mundo todo. Esse mapa será disponibilizado gratuitamente, e, conforme a própria empresa, será 50 vezes mais detalhado que o melhor mapa público disponível atualmente.
Startup compra rostos para banco de dados
Os deepfakes, tecnologia que permite substituir os rostos das pessoas com outros rostos e criar uma animação em vídeo com falas e gestos como se fosse verdade, viraram sinônimos de memes de internet nos últimos anos, mas com o avanço tecnológico, essa prática passa a ganhar contornos cada vez mais obscuros. Tal qual um filme de ficção científica, não demorou para uma grande empresa tentar capitalizar usando rostos de pessoas “anônimas”. A startup Hour One está usando o rosto de pessoas, por deepfakes, para criar personagens de Inteligência Artificial (IA) com voz em vídeos educacionais e de marketing para organizações ao redor do mundo. Sabendo da dificuldade de criar rostos para esse banco de dados, a empresa está “comprando” a imagem de pessoas para a realização dessas atividades um tanto quanto questionáveis. Até a publicação desta reportagem, mais de 100 rostos, sendo a maioria de jovens, estudantes e desempregados, compõe o banco de dados da Hour One.
Ética e perigos dos deepfakes
É claro que a pessoa que cede sua imagem à empresa tem algumas garantias, mas a política de ética da startup é um tanto quanto frouxa. Isso porque, a empresa irá carimbar todos os vídeos sintéticos com os rostos sintéticos uma marca d’água, afirmando sua origem artificial. O que não parece garantia suficiente. A ação da empresa compõe uma onda de empresas que estão reformulando a forma como o conteúdo digital é produzido. E tem grandes implicações para a força de trabalho humana. A mercantilização de rostos humanos parece ser apenas uma fagulha. Afinal, essas empresas podem usar esses personagens com seu rosto para dizer e vender o que desejam. O que acontece quando uma empresa usa sua imagem para algo que é eticamente questionável? Pois bem, quem concordou com os termos não pode fazer mais nada.
#AppleToo: movimento traz histórias de assédio na empresa
Por fim, mas não menos importante, vamos falar sobre o movimento #AppleToo, que está convocando ex e atuais funcionários da Apple a compartilhar histórias de racismo, discriminação, assédio ou outros problemas no local de trabalho. Inspirado no movimento #MeToo, que começou com artistas do entretenimento, o #AppleToo foi idealizado por pelo menos 15 ex e atuais funcionários da empresa. Eles desenvolveram um site para coletar histórias e “espalhar a palavra”, incentivando a colaboração de outros empregados a participarem. Em seu site, o grupo escreveu: O coletivo mostra uma série de histórias de conflitos entre funcionários e as equipes internas/de recursos humanos da Apple — incluindo problemas internos, trabalho remoto, contratações controversas e, claro, histórias de sexismo, racismo, discriminação, assédio, retaliação e disparidade salarial. O site foi ao ar no dia 23 antes do fim de agosto e reuniu mais de 500 relatos até o dia 27. Ou seja, em apenas quatro dias. A informação foi divulgada no Twitter oficial do movimento, que, aparentemente, será o principal canal de informações sobre o assunto. Pensando também sobre as possíveis consequências da campanha, o grupo está preparando um comunicado feito em conjunto para expor parte da situação e solicitar mudanças por parte da Apple. A empresa, no que lhe concerne, segue sem se pronunciar a respeito das ações do movimento. E aí, o que achou das notícias de hoje? Caso tenha ficado na curiosidade sobre deepfakes, confira Os 10 melhores websites e apps de Deepfake. Continue bem informado sobre o assunto ficando sempre por aqui, no Showmetech! Fontes: Interesting Engineering 1 | 2|PCMag